Boa tarde!
Quem nunca trabalhou em grupo? Pois! Já todos experimentamos esta situação e sinceramente sempre consegui tirar grandes proveitos e poucas chatices, mas
. muito recentemente deparei com o problema de trabalhar num grupo escova.
O que se segue é completamente do ponto de vista observador.
O problema não foi trabalhar com o grupo, o verdadeiro imbróglio foi mesmo o conseguir descobrir em quantos subgrupos estava dividido e em qual me enquadrava!!!!!! Mas com o tempo lá me fui inserindo de mansinho e sem complexos. A minha perplexidade apareceu quando um ou outro sujeito desse grupo escova carecia de opinião e por conseguinte começava qualquer intervenção com o líder do grupo escova questionando a sua própria dúvida!!! Será isto possível?
Como pode um ser, chamemos-lhe simplesmente CHÉ, antes de expor o que o preocupa estar a duvidar da própria preocupação? Parece complicado, não?
Mas ao analisar bem acabei por descobrir que não era a duvida que o preocupava mas sim o facto do líder do grupo aprovar ou não a dúvida, ou seja, era uma dúvida que se construía durante a própria exposição ao grupo. Se o líder fosse dando aprovação gestual à suposta dúvida, ela saia, caso contrario ia sendo reformulada naquela grande cabeça (pelo menos por fora parecia grande).
Ao conseguir atingir o clímax da duvida, aprovação completa pelo líder, o CHÉ começava a ter como ferramentas de combate e selecção grupal o hemoglobina o cremalheira e a tem razão.
Foi a partir desta chegada de reforços que comecei a reparar
. então! se há O SUBGRUPO DO AGRADO tem que existir o SUBGRUPO DA DISCÓRDIA pois foi precisamente o que aconteceu e deixem que vos diga que este ultimo cresceu exponencialmente. Mas é de notar que o grupo da discórdia foi imposto, não foi eleito nem seleccionado foi como uma geração espontânea, acumulando sócios que por um ou outro momento já interpolavam só para tirar dividendos do prazer que dava ver a capacidade de construção de dúvidas!!! Posso vos dizer que além da minha imparcialidade criei facilmente cumplicidade com o grupo da discórdia, não por saber o que diziam mas pelo facto de defenderem a opinião e o direito à dúvida, só ficando satisfeitos quando provado a máxima do 1+1=2.
Conclusão na posição de observador posso dizer que me diverti bastante a imaginar como apertar o pescoço a uns e como beijar outros (infelizmente nenhum dos dois aconteceu).
Agora, o que era bom era o conhecimento e a consciência de que tinha tirado proveito de todos os minutos, o que não aconteceu! Sinto que enriqueci mas a avaliar o comportamento humano enquanto indivíduo e enquanto grupo, assente numa base de contradição necessariamente imposta para acrescentar valor à falta de razão fundamentada.
GRUPO --------- conjunto de personagens com capacidade de se dividirem até se reduzirem a fraqueza da unidade.